segunda-feira, 15 de maio de 2017

A cura das janelas de lá

Olho para o castiçal
no beiral da ventana.
Aqui já não é o Brasil,
é a Espanha.

Surrealismo no silêncio
que nos cura
dos tóxicos sociais
deste dia,
infernais parasitas
da nossa
mais imprecisa
razão.

Que horas são?
Que horas marcam
esses ponteiros
improváveis
em derretimento?

Não, não é o tempo.
Talvez o talento
de não ser um evento
entre as quase indecifráveis
cores e  matizes
da abstrata Catalunha.

Minha alcunha:  Quase o Vazio.





quinta-feira, 11 de maio de 2017

Flutuações entre o bem e o mal


Dias das éticas que vão e voltam

tecendo a teia sinuosa dos traumas

de todas as almas, 

aqui e ali,

mal acabadas.

Seriam elas 

fantasmas

então malfadados,

luzes assustadas, quase morrendo, que já não vemos?

Então, sim e não,

nos surpreendemos a nós mesmos

como cegos incrédulos,

patinantes sobre a neve escura,

sonâmbulos vândalos 

do fim deste mundo.