sábado, 13 de julho de 2019

In "vitra" reta viva

Como qualquer caminho
se vai
ao seu destino local, incerto.
Clamo!
Obsoleta linha no tempo,
não, agora não,
não vá embora.

A mão de ficar é minha.
Esperar. E (te) desesperar.
Não há pressa maior,
prerrogativa em vitro,
imenso vácuo, vazio
do meu
mais agudo grito.

Só há a entender
as infinitas metas
desta incompleta,
reverberável,
incutida
e encurvada reta.

Perfura-se o seu fundo
mais profundo
com letras duras,
metametais que não são,
senão em vão,
essências dalí.

Onírico não,
infundado, pontuado,
geometricamente frio,
tracejado de nadas
sobre nenhum papel,
sentimentos sem chão.

E o que sonhar então
no coração?
Coragem em linha reta.
Salto infinito sem queda,
suave aresta
de uma palavra
desconhecida,
perdida por lá, nas pontas:
Findar.

Findar, findar,
sem fim, assim,
ser e estar,
por todos os lados
da reta,
da sua alma,
da sua mínima estrutura,

vertebra de todos os sonhos,

desalinhadamente amada,
descaminhada dos nossos passos,
em falso, espuma de traços,
tão fora do tempo.



https://www.youtube.com/watch?v=YJ1iaNHEjFU