segunda-feira, 16 de março de 2020

fin du monde





Suando escrúpulos
ao subir a colina
alta, fria,
tão vertiginosa.

Para onde, 
se não amando,
vamos assim
se não sonhando,
colecionando esforços.

Há quem se faça amar,
há quem se faça temer.
Se não saber, se não viver,
não temerá, não amará.

Seus amores, 
seus temores,
assim já não são
se não 
para a minha gratidão
de te conhecer 
mais uma vez.

Me dê a mão então.
Vamos atravessar
o mundo
que não se entende
que não se sabe
até onde se vai.

Sou assim,
até o fim,
sempre querendo
você aí, lá,
e desmedidamente