segunda-feira, 18 de abril de 2016

"Nous sommes nos choix" j-p.s



Hoje não há nenhum encanto por aqui.
Mas há uma constatação.
querendo ou não,
quebrante,
e que flama,
ilumina, reclama.

Assistir à votação em alto e bom som
foi um exercício fantástico,
educativo, exaustivo,
provocador.

E que nos ajuda a confirmar aquilo que já sabemos: 
a política daqui (e talvez dali, de lá)  é a aquela onde prepondera
a demagogia cativa e seus prisioneiros vitalícios:
os moralistas tortos, conservadores ensossos,
espiões cegos de si mesmos.

A maioria dos "nossos" representantes, de fato, 
merece aquilo que a sua maioria deseja: 
devassos quase perfeitos. Poder pelo poder.
Maestros do condão, do arbítrio e da hipocrisia. 

No final das contas, estou aliviado e, de certa forma, feliz 
por não me ver representado e não compactuar 
com esses que somaram 367 votos 
em nome das suas "felizes famílias",
 "latifúndios", "municípios e estados", 
"empresas", "bancos" e "divino salvador". 

Mas, parabéns então meus caros e pobres neoliberais
que não se envergonham do seu retrocesso, 
do discurso fácil, sem compromisso além,
construído para dominar as facções moralistas, 
que aparentam honestidade sempre com segundos objetivos, 
e controlam as crenças e paixões populares 
com vista somente ao enriquecimento e poder político. 

Aproveitem e exorcizem os seus demônios até o Sol raiar, 
pois o baile de máscaras só está começando.





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